Momentos que passei e passo
descrevem minha história
sentimentos vivenciados
descritos em minhas memórias
falados
desenhados
o que escrevi
o que deixei de dizer
e cumprir
expressões simplesmente
meus atos
minhas verdades
Somente
Autora: Nadjane Soares
Poemas rabiscados
Escrever os sentimentos é tão somente colocar no papel tudo aquilo que gostamos de fazer através da arte escrita.Não somos poetas,mas amamos a poesia e a prosa.Por esse motivo descrevemos o nosso blog como poemas rabiscados. Tudo foi incentivado por amigo(a)s que gostam do que escrevemos.Acredito que faz a diferença postar um pouco de nós para vós.
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
domingo, 26 de abril de 2015
Fumo
Poema Canção de Florbela Espanca
Longe de ti são ermos os caminhos
Longe de ti não há luar nem rosas
Longe de ti há noites silenciosas
Há dias sem calor, beirais sem ninhos
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas
Abertos sonham mãos cariciosas
Tuas mãos doces, plenas de carinhos
Os dias são outonos, choram, choram
Há crisântemos roxos que descoram
Há murmúrios dolentes de segredos
Invoco o nosso sonho, estendo os braços
E é ele, ó meu amor, pelos espaços
Fumo leve que foge entre meus dedos
E é ele, ó meu amor, pelos espaços
Fumo leve que foge entre meus dedos
Longe de ti não há luar nem rosas
Longe de ti há noites silenciosas
Há dias sem calor, beirais sem ninhos
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas
Abertos sonham mãos cariciosas
Tuas mãos doces, plenas de carinhos
Os dias são outonos, choram, choram
Há crisântemos roxos que descoram
Há murmúrios dolentes de segredos
Invoco o nosso sonho, estendo os braços
E é ele, ó meu amor, pelos espaços
Fumo leve que foge entre meus dedos
E é ele, ó meu amor, pelos espaços
Fumo leve que foge entre meus dedos
Canteiros
Quando penso em você fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa, menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã, cedo, claro, feito dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço sem ter visto a vida
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço sem ter visto a vida
O mostro
Vi um ser bem esquisito
Que matava seus semelhantes
Ele estava no poder
Que matava seus semelhantes
Ele estava no poder
Destruindo,destruindo,destruindo
As matas com queimadas e serras elétricas
Matando fauna e flora
Extinguindo a vida
Poluindo água e solo
Matando fauna e flora
Extinguindo a vida
Poluindo água e solo
Aquele quadro me deixou horrorizada
Este monstro maldito só fazia destruir
Este monstro maldito só fazia destruir
Destruir,destruir,destruir
Usando seus próprios filhos
Fazendo deles marionetes
Dependentes químicos
Presos nas celas de suas mentes
Vendedores de seus próprios corpos
Fazendo deles marionetes
Dependentes químicos
Presos nas celas de suas mentes
Vendedores de seus próprios corpos
Como ratos expostos no lixo
Comedores e moradores nos lixões
Sem tetos
Jogados ao relento em plena praça pública
Manipulados por circo e palavras
Comedores e moradores nos lixões
Sem tetos
Jogados ao relento em plena praça pública
Manipulados por circo e palavras
E o que dói a própria alma
Era que esse terrível monstro meu Deus
Era o próprio homem
Era que esse terrível monstro meu Deus
Era o próprio homem
Releitura do poema O Bicho de Manuel Bandeira. Intitulado O Monstro autora: Nadjane Soares.
Esperança
Diga qual a cor que desejas pintar seu dia,
Seu presente...
Caso decidas pintar seu presente com todas estas cores,
Terás um longo caminho de felicidade...
Porque em cada cor terás traçado o teu futuro.
Autora: Nadjane Soares
domingo, 21 de setembro de 2014
A forma que deforma
Progressiva
Insistente
Nua
Monocromática
Que transcende
verticalmente
horizontalmente
que consome o ar
como uma droga que se espalha enquanto dormes
A forma que propõe o futuro e destrói as cores
que tem aprovação do grupo
que manipula em nome de um futuro mortal
a forma que trás o caos
que permanece por não existir
vozes que clamam
dizendo abaixe a forma sem graça
romana
concreta
imperialista
capitalista
socialista
selvagem
e consumidora
Um poluente ativo
monótono
frio
mortal
que prende
manifestando uma forma permanente no solo
nas muralhas de concreto que cresce
cinza
que degenera o verde
deixando poluentes no ar
forma cauterizante
monótona
irregular
os que a fazem dizem
é somente o preço do progresso não mata
é porque continua a matar a vida sobre a terra?
Autora: Nadjane Soares
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Sem tempo
de ouvir mentiras
de ver violência
de senti pena
de conviver com quem só deseja o mal
de pedi ajuda
de acreditar em gente falsa
de amar quem não me quer
de pensar besteiras
de viver triste
de morrer de tédio
de ser hipócrita
de acreditar em político
de confiar em falsos amigos
de ser incompreendido
de tudo isto e muito mais.
Autora:Nadjane Soares
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