segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Relembrando momentos

Momentos que passei e passo
descrevem minha história
sentimentos vivenciados
descritos em minhas memórias
falados
desenhados
o que escrevi
o que deixei de dizer
e cumprir
expressões simplesmente
meus atos
minhas verdades
Somente


Autora: Nadjane Soares


domingo, 26 de abril de 2015

Fumo

Poema Canção de Florbela Espanca

Longe de ti são ermos os caminhos
Longe de ti não há luar nem rosas
Longe de ti há noites silenciosas
Há dias sem calor, beirais sem ninhos

Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas
Abertos sonham mãos cariciosas
Tuas mãos doces, plenas de carinhos

Os dias são outonos, choram, choram
Há crisântemos roxos que descoram
Há murmúrios dolentes de segredos

Invoco o nosso sonho, estendo os braços
E é ele, ó meu amor, pelos espaços
Fumo leve que foge entre meus dedos

E é ele, ó meu amor, pelos espaços
Fumo leve que foge entre meus dedos

Canteiros

Poema canção Cecilia Meireles

Quando penso em você fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa, menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento

Pode ser até manhã, cedo, claro, feito dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza

E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço sem ter visto a vida

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza

E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço sem ter visto a vida

O mostro


Vi um ser bem esquisito
Que matava seus semelhantes
Ele estava no poder
Destruindo,destruindo,destruindo
As matas com queimadas e serras elétricas
Matando fauna e flora
Extinguindo a vida
Poluindo água e solo
Aquele quadro me deixou horrorizada
Este monstro maldito só fazia destruir
Destruir,destruir,destruir
Usando seus próprios filhos
Fazendo deles marionetes
Dependentes químicos
Presos nas celas de suas mentes
Vendedores de seus próprios corpos
Como ratos expostos no lixo
Comedores e moradores nos lixões
Sem tetos
Jogados ao relento em plena praça pública
Manipulados por circo e palavras
E o que dói a própria alma
Era que esse terrível monstro meu Deus
Era o próprio homem

Releitura do poema O Bicho de Manuel Bandeira. Intitulado O Monstro autora: Nadjane Soares.

Esperança

As cores que fazem sua vida estão dentro do teu coração,
Diga qual a cor que desejas pintar seu dia,
Seu presente...

Caso decidas pintar seu presente com todas estas cores,
Terás um longo caminho de felicidade...
Porque em cada cor terás traçado o teu futuro. 


Autora: Nadjane Soares



domingo, 21 de setembro de 2014

A forma que deforma







Progressiva
Insistente
Nua
Monocromática
Que transcende 
verticalmente
horizontalmente
que consome o ar
retirando a vida do planeta

como uma droga que se espalha enquanto dormes
A forma que propõe o futuro e destrói as cores 
que insiste em ser unica
que tem aprovação do grupo
que manipula em nome de um futuro mortal
a forma que trás o caos

que permanece por não existir
vozes que clamam 
dizendo abaixe a forma sem graça 
romana
concreta
imperialista
capitalista
socialista
selvagem
e consumidora

Um poluente ativo
monótono
frio
mortal
que prende
manifestando uma forma permanente no solo
nas muralhas de concreto que cresce
cinza


que degenera o verde
deixando poluentes no ar
forma cauterizante
monótona
irregular 
os que a fazem dizem
é somente o preço do progresso não mata
é porque continua a matar a vida sobre a terra?

Autora: Nadjane Soares




sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Sem tempo


Estou sem tempo
de ouvir mentiras
de ver violência
de senti pena
de conviver com quem só deseja o mal
de pedi ajuda
de acreditar em gente falsa
de amar quem não me quer
de pensar besteiras
de viver triste
de morrer de tédio
de ser hipócrita
de acreditar em político
de confiar em falsos amigos
de ser incompreendido
de tudo isto e muito mais.


Autora:Nadjane Soares